quarta-feira, 16 de julho de 2014

A Epifania de Cristo na Beleza da Liturgia

A liturgia é naturalmente bela, de origem divina. O que preocupa liturgos e liturgistas é a beleza dos sinais sensíveis nas suas diferentes formas, isto é, a beleza estética e a beleza da santidade. As duas formas contribuem para a beleza geral da liturgia.
A primeira forma, a beleza estética obedece às normas e aos padrões que permitem que as realidades sensíveis sejam bem apresentadas na liturgia e criam um ambiente agradável que permita uma boa participação dos fiéis.A segunda forma, a beleza da santidade faz dos participantes da celebração sinais sensíveis agradáveis e admiráveis pelo seu testemunho de vida, servindo de modelo para outras pessoas. Se esta forma de beleza é importante para todos os participantes da celebração, ela é mais exigida do presidente da celebração que celebra in Persona Christi, isto é, no lugar de Cristo. Por isso, ele deve ser o reflexo do que representa. Falando da responsabilidade do Presidente da celebração, Aldazábal disse: “Ele é o Sinal de Cristo, o ‘sacramento’ que visibiliza o verdadeiro Sacerdote e Presidente de toda a assembleia cristã”.
Por isso, a responsabilidade do Presidente da celebração é muito grande. A coerência da sua conduta com os mistérios celebrados faz a sua beleza de santidade e, consequentemente, faz dele um sinal que agrada, que atrai; as pessoas vão acreditar mais porque o presidente vive o que celebra, dá testemunho de vida. É ao mesmo testemunho de vida que Paulo VI convida a Igreja na missão evangelizadora, no documento Evangelii Nuntiandi, número 76. Ele disse: “O mundo reclama e espera de nós simplicidade de vida, espírito de oração, caridade para com todos, especialmente para com os pequenos e os pobres, obediência e humildade, desapego de nós mesmos e renúncia”.

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